As apresentações foram especiais.
No sábado os pequenos ouvidos e olhinhos estavam atentos, e com certeza ficaram surpresos com as versões que contei de A Rapunzel , Cinderela e o Gato de Botas, já que privilegiei a versão da editora Itatiaia - Contos de Fadas, obra completa, Irmãos Grimm. Sabem que após as versões dysney, ficou mais complicado que as famílias não se espantem com as versões mais próximas das realmente colhidas pelos Irmãos Grimm, que tem um detalhamento das situações e é recheado que simbolismos importantíssimos para o desenvolvimento psiquico das crianças em qualquer época.
Interessante fazer esta reflexão mesmo que breve. Noto que as famílias acham que a Cinderela em sua versão mais próxima da original é muito agressiva; mas será que é hoje questionado qual o papel da agressividade quando colocada na brincadeira , no faz de conta , tempo que tem fim, e em que as angústias podem ser elaboradas, pois se sabe que não faz parte do tempo compartilhado?
Acho que esta é uma reflexão oportuna a todos os pais que procuram oferecer aos filhos o espaço lúdico para o bom desenvolvimento, para nós contadores de histórias e profissionais a fins. que histórias estamos contando , por que? pra que?
Lembro que a brincadeira, o faz de conta é que ajuda as crianças a entenderem o mundo.E, que mundo queremos que elas entendam ?
Já no domingo contei a fábula de Ananse e sua astúcia em buscar as histórias com do Deus do Céu e os Músicos de Bremen (também desta obra dos Grimm), e pra fechar com chave de ouro apresentei pela primeira vez em público a Flor, linda boneca articulada que fiz no curso da Cia Ópera na Mala promovido pelo SESC SP.
A experiência com a Flor foi mágica , deu muita vontade de fazer mais e mais bonecos, ohhhh delíccciiiaaa!!!
Vejam o álbum e comentem...