quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Agora veio a primavera ... e ainda com frio estamos...

Então chegou a primavera ....
e ainda há frioooo....
isso me lembra a história que contei com queridas amigas no encerramento do curso de formação de Contadores de Histórias da Hans Christian Andersen ....

Bom Dia Todas as Cores
da Ruth Rocha

sobre um camaleão que sempre mudava de opinião ...
e adorava a primavera...

Este Tempo anda como o Camaleão ... sempre mudando de opinião ...

Que a Primavera floreie a todos e que vocês possam ficar da cor que acharem a maaaaaaaaiiiiiiiiiiisssssssssss bonita de TODAS

domingo, 7 de setembro de 2008

Primavera


É mês especial!!!
Setembro é o mês da primavera, estação de que mais gosto!
Nasci pouco antes de ser oficializada a estação mais florida do ano, e foi com as flores e seus cheiros, tenho certeza, que recebi as influências para amar a natureza e suas cores.
Pensei em postar uma bela história sobre a primavera, muitas vieram a minha cabeça : lendas como a da Chuva do México, contos contemporâneos como "A Primavera da Lagarta" de Ruth Rocha, um conto de fada de hoje como "Palavras Aladas" de Marina Colassanti .... mas escolhi a Lenda recontada por Walde-Mar Andrade e Silva sobre Cocyaba o primeiro Beija-flor

Os índios do Amazonas acreditam que as almas dos mortos transformam-se em borboletas. É por esse motivo que elas voam de flor em flor, alimentando-se e fortalecendo-se com o mais puro néctar, para suportarem a longa viagem até o céu.
Coacyaba, uma bondosa índia, ficara viúva muito cedo, passando a viver exclusivamente para fazer feliz sua filhinha Guanamby. Todos os dias passeava com a menina pelas Campinas de flores, entre pássaros e borboletas. Dessa forma pretendia aliviar a falta que o esposo lhe fazia. Mesmo assim, angustiada, acabou por falecer.
Guanamby ficou só e seu único consolo era visitar o túmulo da mãe, implorando que esta também a levasse para o céu. De tanta tristeza e solidão, a criança foi enfraquecendo cada vez mais e também morreu. Entretanto, sua alma não se tornou borboleta, ficando aprisionada dentro de uma flor próxima à sepultura da mãe, para assim permanecer ao seu lado.
Enquanto isso, Coacyaba, em forma de borboleta, voava entre as flores, colhendo seu néctar. Ao aproximar-se da flor onde estava Guanamby, ouviu um choro triste, que logo reconheceu. Mas, como frágil borboleta, não teria forças para libertar a filhinha. Pediu, então, ao Deus Tupã que fizesse dela um pássaro veloz e ágil, que pudesse levar a filhas para o céu. Tupã atendeu ao seu pedido, transformando-a num beija-flor, podendo, assim, realizar o seu desejo.
Desde então, quando morre uma criança índia órfã de mãe, sua alma permanece guardada dentro de uma flor, esperando que a mãe, em forma de beija-flor, venha buscá-la, para juntas voarem para o céu, onde estarão eternamente.